sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A cabine 275 - Henrick Kock a.k.a. Lord K

Havia chuva. Haviam gotas que respingavam a janela da cabine 275 e me lembravam o escorrer contínuo. Não posso deixar de soltar o ruído do sorriso ao lembrar do corpo delgado. Da textura da pele. O fechar dos olhos que parece transportar para uma nova realidade. Uma velha certeza vivida. O ruído dos trilhos do trem. Estava em uma viagem de negócios. E observava da minha cabine a paisagem do subir da serra. O verde que passava rápido naquele dodeskaden constante das engrenagens. O silêncio do ambiente entrecortado apenas pelo barulho do jornal a se dobrar e desdobrar. Como corpos cedendo ou lutando contra. Um menear de cabeça, e o som da fechadura que é forçada. Meus olhos seguem até a silhueta atrapalhada que entrava em minha cabine. E não era a minha cabine particular e pronta para apenas um? Um na ida... dois na volta. Eu deveria trazer minha nova flor. E ela permaneceu em seu ritual invasor sem dar-se conta de que estava acabando de entrar na gruta do tigre. Não fiz questão alguma de evitar o deslizar dos olhos pelo corpo que entrava ainda de costas segurando sua bagagem de mão. E então o virar. E pude contemplar uma beleza singular. Lábios finos, delicados e róseos, ocultos por um óculos de grau que lhe impunha um pouco mais de idade e seriedade do que ela realmente possuía. Cabelos negros que tombavam sobre os ombros, e um nariz altivo, daquele tipo ousado que acha que pode mandar em qualquer um.
- Ah.. desculpe eu achei que estava vazia. Não encontrei lugar em nenhuma outra, senhor. Se incomodaria se eu ficasse por aqui?
Voz. Deveria haver um tratado sobre vozes. A dela era macia, aveludada e doce. O tipo de voz que masturba a mente. Eu sorri. Claro que sorri, e num meneio de cabeça indiquei que sentasse. Ela o fez. Permaneceu em silêncio os primeiros 30 minutos de viagem. Pernas devidamente cruzadas em sua postura de secretária ou executiva? Vai saber. Uma flor. Uma rosa pronta para ser colhida. Deixei que meus olhos desviassem de minha interessante leitura para pousar em seus olhos, ainda que estivessem presos aos livros. E num tranco do trem, ela os ergueu encontrando com os meus. E um sorriso, foi ali que percebi a fraqueza, o titubear e o estremecer sutil. Ela pigarreou e evitou desviar os olhos dos meus por alguns segundos.
- Sobre o que lê?
Perguntei enquanto dobrava o jornal, colocando-o no suporte lateral da janela. Novo desconcerto, ela sequer esperava que aquele homem de gravata tão sério lhe fosse dirigir a palavra durante a viagem.
- Ahn.. um romance.. – sorriu novamente, e o ar austero retornava. Como se pensasse e quem ele pensa que é para vir julgar minha leitura?
O leve erguer da capa durante a resposta me permitia ver a ilustração. Sade. A vida nos reserva surpresas gloriosas.
- Sade.. – Ergui-me. Novo susto ao rosto altivo de pele que enrubescia, talvez por achar que em sua vontade de mostrar-se feminista e independente atraia para si um demente sexual. Talvez ela tenha acertado. Retirei de minha mala um exemplar e sentei ao lado dela. Os olhos puderam então ver a curva dos seios rijos que escapavam pelos botões abertos da camisa social branca. – Se quer ler.. leia “Les 120 journées de Sodome”.
A frase dita em um sussurrar sutil ao ouvido no exato momento em que o trem adentrava em um túnel. A escuridão,. A incerteza para ela se meus dedos estavam realmente a tocar-lhe os mamilos por dentro da blusa. O calor dos dedos. Da boca entreaberta a brincar ao pescoço.. ou a imaginação com os textos que já estava lendo? O gemer indicava a surpresa o estremecer da pele exibia a aceitação. O erguer-se de uma única vez derrubando livros mostrava a vontade de ser domada. A luz. O estado rubro do rosto. Meus olhos a desnudar aquele corpo com maestria. Ela havia gostado, embora o tabu implantado na infância a fizesse negar veementemente o melar entre as pernas. Ajeitava os óculos. E afastou-se para o outro lado. Uma rosa. Com todos os espinhos que sua natureza possuía.
- Mantenha-se longe! Vou chamar a segurança!
Ergui-me novamente, mantendo-me seguro ao suporte da janela. Quantas vezes eu já tinha feito aquela viagem? Tantas que perdi a conta, e para ela o novo susto. Novo baque e o corpo que vinha para frente em busca de sustentação. Novo túnel. Um grito. Um grito abafado pelo gemido que vinha em seguida quando os botões da camisa romperam. O ruído dos livros que caiam ao chão. O cheiro do cabelo daquela mulher. Mulheres perfumadas são notavelmente irresistível a bocas, aos dedos que trançavam-se entre os fios e puxavam a cabeça para trás. O corpo que buscava livrar-se dos meus braços e enroscava-se ainda mais a ele. A boca que deslizava pela nuca. O rosto delicado que ia contra a janela, sendo prensada com o meu. O quadril lascivo que simulava contra o relutante. O arfar que embaçava o vidro. Junto ao mover da cabeça como se implorasse que não. Ela empurrava o corpo como podia para receber um novo empurrão contra o vidro. A mão que num vacilo me marcava o rosto num arranhão de fera. Mãos erguidas, seguras e sustentadas.
- Quieta! Ou terei que mostrar como se abaixa a cabeça hm?
O arrepio que ela sentia com a minha voz, que negava com aquela boca deliciosa a proferir palavras e palavrões. Retirei a gravata. O nó seguro que prendia as mãos ao alto. Pernas que dançavam na tentativa de soltar-se.
- Solte-me!! Estou mandando!!!
O sorriso que brotava em meu rosto com a “ordem” e quem era ela para ordenar-me alguma coisa? Sorri, erguendo a saia, exibindo a calcinha a adornar a bunda. Deliciosa, de curvas meticulosamente perfeitas e o tapa. O tapa que deixava a marca dos dedos. Ela gritava. O som do rasgar daquela blusa de botões a amordaçar os lábios róseos. Ela debatia-se. Gemia algo inaudível tentando soltar-se em vão. A blusa rasgada exibindo o soutian meia taça branco.
- Shhh.. não mandei que falasse.. – O tapa dado ao rosto. A marca devolvida e o olhar revoltado que enfrentava o meu. A minha mão a delinear o rosto, a descer pelo pescoço num apertar suave. Deslizar pelo colo arfante e que se debatia insistentemente, puxavam de uma vez o tecido branco exibindo os mamilos rijos.
- Safada...
A voz dita novamente num tom brando e morno.. quando os lábios tomavam os biquinhos intumescidos e sugavam com vontade de uma forma deliciosa e pecatória. A língua a brincar com eles antes que os dentes os marcassem definitivamente, os olhos dela se fecharam num espasmo que o cheiro entre as pernas denunciou quando ela as apertou antes que amolecessem por completo.
- Gostosa..
E os dedos que seguiam para a saia, enquanto a cabeça da rosa meneava negativamente a respiração implorava por meus dedos. Implorava por ver-se livre daquele tecido branco de lateral fininha. Meus dedos hábeis que deslizavam por cima do tecido molhado. Meu sorriso que buscava a boca amordaçada, minha língua que deslizava por ela.. O rosto que buscava fugir do beijo escravo. E cedia a gemidos quando a boca e a língua encontravam o lóbulo e sugavam.. chupavam.. adentravam.. contornavam. Mordiscavam, seguiam ao pescoço. Mordiam, marcavam. E os dedos a brincar sobre aquele melado que brindava o fundo da calcinha. A luz da ausência do túnel.. os olhos que buscavam os meus. As mãos que já não tentavam soltar-se mas sim apertavam-se entre os dedos numa tentativa nula de conter seus espasmos que contraiam a vagina. A escuridão de um novo túnel, o ruído e a dor do tecido rompido. Os dedos que tocavam sem o tecido por sobre. Que abriam, que exploravam, que sentiam, umedeciam e brincavam com o clitóris, rodeavam, melavam inteiro deliciosamente enquanto as pernas apertavam-se na tentativa vã de impedir o toque intimo.
- Abre.. eu to mandando. Abre ela pra mim. È o que mais quer. Sentir um pau dentro dela, rasgando ela inteira, minha putinha agora vai.. abre esta porra agora vai..
Um choramingo, e as pernas que começavam a ceder, e voltavam a fechar num ímpeto. Dedos que forçavam o caminho e em um massagear encontravam a entrada. A penetração. O mover contínuo dentro da umidade o meu corpo tão perto os olhos buscando os dela. A boca entreaberta a beijar-lhe o rosto.. a mordisca-lhe o queixo. O estremecer do corpo dela novamente, as contrações que aumentavam, o rosto crispado, orgasmo fulminante que vinha devastador. E eu parava. Os olhos que se abriam de uma única vez buscando os meus. E eu? Me afastava. Deixava aquela mulher descaradamente deliciosa presa ao suporte elevado saia erguida até a cintura, blusa rasgada, cabelos desgrenhados. Olhos lascivos e aqueles óculos a me despertar insanas fantasias. Ela implorava com os olhos. Não queria mais parar.. as pernas entreabriam Exibiam. Pediam. O ruído do zíper, meu pau rijo e latejante exibido diante dos olhos suplicantes da minha nova flor.
- Você quer não é? Quer senti-lo foder você não é, minha rosa? Então pede.. pede pra enfiar ele nessa bucetinha molhada que você tem, pede...
A diversão de ver a garota tentar implorar com aquele tecido entre os lábios que não deixava que proferisse sequer uma vogal. O peito arfante, o debater-se, a fisionomia de quase choro. Eu sorri. Deixei meu corpo ir, meu pau encaixar-se entre as pernas e ela ansiosa envolveu-me pela cintura. Afastei, o novo som do tapa dado no rosto.
- Não mandei que me agarrasse sua vadia! Solte! Vai aprender a obedecer...
A provoquei, com a glande a deslizar na entrada.. a perna erguida por uma mão, o quadril que ela tentava inutilmente mover na direção da glande.. e eu afastava. Deslizava pelo clitóris, introduzia a pontinha apenas. A luz e os olhos crispados, os gritos quase roucos amortecidos pelo tecido. As forças nos braços que ela perdia e quase caia. Exibia para ela. Os olhos hipnotizados pareciam querer saltar sobre meu pau. Sequer deixava de olha-lo.
- Quer chupa-lo? Hm? Quer? Quer sentir ele gozar na sua boquinha? – sorrisos.. e desesperos, eu a virei. O rosto que novamente encostava-se no vidro. O quadril levemente elevado que ela movia. Retirei o cinto. O som do couro marcando a pele. Marcando em linhas grossas a bunda.. O liquido que ameaçava escorrer entre as pernas. Ela suava. O quadril parava o mover, o rosto esfregava-se nos braços erguidos. Estava fora de si.Ofegante, entregue. Encostei meu pau na entradinha. Sentindo cada contrair que a fenda fazia na glande. Implorando, convidando, pedindo. Mas ela se manteve parada. Embora o corpo inteiro tremesse na ansiedade, ela havia aprendido que não seria quando ela quisesse.. e sim, quando eu quisesse.
- Agora vem.. chupa meu pau com essa bucetinha molhada, vem...
E veio, engoliu com uma volúpia inicialmente temerosa, apenas o inicio. E introduzi por completo. O rosto empurrado contra o vidro parecia perder o ar dos pulmões. Ao sentir o deslizar inteiro do membro dentro dela. O cinto que era passado pelo pescoço como uma coleira e puxado, minando o ar em cada estocada violenta que meu corpo fazia contra o dela. Os olhos dela fechados.. os meus contra o vidro a observar aquela expressão rendida de dor e prazer. Escorregava com facilidade nas contrações que ela fazia ao me sugar. Os tapas no glúteo, os cabelos puxados para trás, A coleira improvisada, os dedos que tocavam o clitóris e masturbavam.
- Não.. não goza ainda, minha putinha.. não goza ainda..
Ordenava e ela tentava.. empurrava o rosto contra os braços. Veias do pescoço alteradas batia as mãos contra o ferro quando meus dedos apertavam o pequeno ponto rijo e umidecido. Baixei a mordaça, a voz tremula que saia implorando.
- Me deixa gozar.. pelo amor de deus.. senhor.. me deixa gozar.. deixa?
Ela pedia numa vozinha tão meiga, doce e rendida.. Eu sorri sem parar aquele ir e vir agonizante. O membro inflando dentro daquela umidade quente Rijo em movimentos violentos que a boca descoberta denunciava em gemidos altos.. pernas que tremiam e deixei que o corpo debruçasse sobre o dela.
- Goza minha rosa.. goza minha putinha.. mela o meu pau inteirinho agora vai.. goza..
O gemido que poderia ser escutado no primeiro vagão daquele trem. Junto ao liquido que escorria pelas pernas. Um gozo de mulher, um gozo ejetado que me molhou as calças e o membro inteiro. O corpo estremecido que já sem forças ameaçava cair e era sustentado pela minha mão de modo a manter o ir e vir, o meu próprio prazer anunciado, mãos soltas do suporte metálico no alto e o corpo dela que caia quase desfalecido. Os olhos fixos no membro rijo.
- agora chupa.. anda.. me chupa bem gostoso até me fazer gozar.. vai..
E ela fez. Ofegante e com mãos tremidas o segurou e o chupou, com lambidas na ponta, com dentes a roçar, com engolir por inteiro. Com batidinhas no rosto, com carinhos feitos ao testículo. Com mãos a me arranhar a coxa por cima da calça.
- Assim? Vc gosta assim, senhor? Eu estou fazendo certinho?
Indagava daquele delicioso jeito submisso, com a boca grudada à glande.
- Me chupa..
Ela o fez. E não foi preciso muito para que o prazer explodisse em largos jatos melando o rosto por inteiro daquela altiva mulher. Engoliu o máximo que pôde, deixou que escorresse pelos lábios para sujar o rosto inteiro, cabelos. O túnel.. a luz que se extinguia enquanto ela deliciava-se em lamber os dedos como uma gatinha. Os olhos pedintes a encontrar os meus antes da escuridão. A luz a voltar, ela a procurar, um cartão a seus pés, meus pés pelo corredor. O bilhete do trem que dançava em meus dedos indicavam cabine 215. Nos dedos dela um papel papiro Henrick Kock, um telefone. Abria a porta da cabine que meu bilhete mandava. Uma jovem, de longos cabelos loiros sentada comportadamente a olhar a paisagem assustava-se.
- Perdão.. não sabia que a cabine estaria ocupada... – a voz delicada falava temerosamente.
Eu sorri.
- Não por isso. Seja bem vinda à minha cabine.

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